“The greatest thing by far is to be a master of metaphor. It is the one thing that cannot be learnt from others; and it is also a sign of genius.”
Aristotle in the Poetics
“All things are metaphors.”
Johann Wolfgang von Goethe, German writer and statesman
Uma metáfora é uma transferência. Transferência do quê? A resposta para essa pergunta deve dar um livro inteiro. Mas aqui, modestamente, podemos nos restringir a responder dizendo que com uma metáfora transferimos uma representação.
Uma ideia serve para expressar outra.
Uma imagem serve para ilustrar outra.
Uma palavra é usada para expressar algo diferente daquilo que ela significa. E isso, entenda-se, é plano para manga que não acaba.
Pano pra manga é uma metáfora de quantidade, abundância.
As metáforas são um recurso muito poderoso. Com elas a gente consegue transferir, além do significado, da representação, da ideia, uma vivência. A vivência que gera a necessidade de expressar aquilo que a metáfora evoca.
Então agora imagine combinar o recurso da metáfora com uma experiência tão habitual quanto marcante, forte mesmo: a experiência da temperatura. Isso mesmo. Sentir calor e sentir frio, dizer que algo está quente ou frio, e tudo que sai dessa percepção, se presta para representar muita coisa. Estende-se para além da temperatura. Sabe por que é assim?
Temperaturas produzem sensações muito poderosas. Ora, tudo que é poderoso serve para dizer muito mais do que o seu significado direto e imediato.
Queima? Congela? Essas sensações dão uma história. Vamos ver algumas, senão historias propriamente, princípios de historias: usos de hot e de cold que evoluem da descrição da temperatura para indicar outras percepções, conectadas à experiência inicial dela.
Assim, a pimenta e seus derivados, que criam a sensação de ardência – de fogo – na boca, são representados em inglês, e em português também, com a palavra hot, quente.
Hot é a mais alta gradação de pratos apimentados, que podem ser
hot: muito apimentados
medium: medianamente apimentados
mild: suavemente apimentados
Hot é o debate, a discussão e o assunto que envolve opiniões divergentes, polêmicas e questões de ordem. É o “debate aquecido” em português.
Hot é o que se diz de alguém que sabe muito sobre alguma coisa, que tem grande interesse naquilo.
E claro, não tem como deixar de fora: hot é sexy. Os Rolling Stones que o digam, when talking about her… She was hot!
E cold?
Cold é também metaforicamente o oposto de hot. Se hot “aquece” – a boca e o corpo, o conhecimento, a troca de opiniões – então cold descreve a ausência de envolvimento e interesse, o distanciamento, a falta de acolhida e cortesia. Veja abaixo exemplos de cada um desses casos.
Ausência de envolvimento emocional e interesse:
Distanciamento:
Falta de acolhida e cortesia:
Curioso porem é que cold possa, em alguns casos, ter o mesmo sentido metafórico de cool, que se usa par falar de algo “legal”.
No numero 4 abaixo tem mais um exemplo, mas aproveite e veja os outros, que corroboram o que está dito antes sobre os usos metafóricos de cold.
Terminou? De jeito nenhum! Pode seguir pesquisando para descobrir muuuitas outras situações em que se usa hot e cold para falar de outras coisas que não a temperatura.
Mas sabe o que esfria qualquer comunicação em inglês, por mais aquecida que ela prometa ser? Não conseguir dar às letras, vogais e consoantes, o seu valor apropriado na hora de pronunciá-las. Isso acontece quando falamos em inglês achando que as letras têm o mesmo valor sonoro que em português.
Sim, fazer isso é fria! No Módulo Básico do meu Curso de Pronuncia de Inglês para Brasileiros eu mostro como as letras têm valores diferentes em inglês e quais são eles, e como conhecer esses valores é determinante para…
aquecer
a sua participação comunicativa global.
J
Come warm up your pronunciation skills!
Acesse: Pronuncia do Inglês em três níveis de complexidade: Básico, Intermediário e Avançado.