Procuro a varinha de condão que recebi certa vez de uma fada cansada de mágica. Ela me entregou seu utensílio dizendo:
– Guarda pra mim? Não sei mais usar. Esgotei meus poderes. Cansei.
Depois ela chorou um pouquinho e foi embora.
Eu segurava a varinha, assistindo à distância entre ela e eu, que aumentava.
Cheguei em casa, guardei a varinha. E agora, que preciso fazer mágica,
procuro e não encontro.
Reviro gavetas, prateleiras, armários.
Reviro tudo, e só encontro quando desisto de procurar. Ela está à minha frente, me acompanhando o tempo todo, invisível varinha.

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